segunda-feira, 7 de maio de 2012

Correr descalço


Barefoot Running: Há ciência defendendo os que correm descalços?



É muito comum vermos em sites especializados em corrida diversos depoimentos apaixonados de pessoas que utilizam o barefoot (corrida descalço) como método de treinamento. Os adeptos dessa idéia constantemente argumentam que o contato direto do pé com o chão traz um movimento mais natural à corrida, melhora a força muscular e o equilíbrio do corredor. Para quem corre descalço, o uso de tênis traz atrofia muscular e aumenta o risco de lesões, pois o tênis não permite que o movimento seja natural.

Sem querer argumentar para nenhum lado, o risco de lesões crônicas é aumentado, devido ao impacto repetitivo do solo com o pé. O calçado também traz proteção contra cortes, furos e pancadas que os pés estão sujeitos na corrida descalço. Aquisição de micoses e bichos de pé são o meu argumento final em defesa do uso do calçado durante o exercício.

A American Academy of Podiatric Sports Medicine esclarece que não existem suficientes estudos sérios sobre esse tema, aconselhando atletas de corrida a discutirem detalhadamente com seus treinadores e profissionais de medicina esportiva se devem ou não incorporar o barefoot em seus programas de treinamento.

Obviamente que se um corredor pratica a corrida descalço há anos, seu corpo e seu aparelho locomotor já se adaptou a esse estilo, até porque nosso corpo (músculos, ossos, articulações) tem a capacidade de absorver o impacto pelo pé descalço muito bem, sem sofrer danos maiores que correr de tênis. Porém, se quisermos iniciar essa corrida descalço na idade adulta para buscar os benefícios dela, não recomendo porque termos muitas adaptações a fazer e sofreremos muito até nosso corpo, principalmente o pé, se ajustar a essas corridas, ao solo e ao tempo de treino. Mas nosso corpo não teria problema em questão de sobrecarga e força de reação do solo.

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